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Entre as 7 maravilhas do mundo moderno, duas são constantemente mostradas em Caminho das Índias: o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Taj Mahal, em Agra, na Índia.

Posicionado no topo do morro do Corcovado, a 710 metros de altura, estátua do Cristo Redentor foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, depois de cerca de cinco anos de obra. Esculpida em pedra-sabão, a estátua de 38 metros recebe, em média, 2,3 mil visitantes por dia.

O Taj Mahal foi construído entre os anos de 1630 e 1652, resultado do empenho de cerca de 22 mil homens. O mausoléu foi uma forma de homenagear Aryumand Banu Begam, a esposa predileta do imperador Shah Jahan, que morreu ao dar à luz ao 14º filho. Justamente por isso, o Taj Mahal também é conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. Em 1993, foi eleito como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

As outras cinco maravilhas do mundo moderno, eleitas em votação cujo resultado foi anunciado em Lisboa, no dia 7 de julho de 2007, são: Muralha da China, Petra (Jordânia), Machu Picchu (Cuzco, Peru), Chichen Itza (Yucatán, México) e o Coliseu (Roma, Itália).

Qual delas você já visitou? Eu, até o momento, só estive no Cristo… E o que o Cristo tem do Brasil?

indiario de janeiro

Novela na passarela

Aberta a temporada de desfiles primavera-verão 2010, Caminho das Índias também brilhou nas passarelas.

No Fashion Rio, Juliana Paes e Rodrigo Lombardi – o casal Maya e Raj – apresentaram as tendências da TNG. “Não faço a menor questão de ter Juliana ou qualquer celebridade na passarela. Mas sei que é um bom recurso de marketig”, diz a jornalista Regina Guerreiro, diretora criativa da marca. Para logo em seguida completar: “Juliana é uma moça linda, mas estou mais interessada em vestir o bonitão do Raj”.

E para completar o triângulo amoroso, no São Paulo Fashion Week,  foi a vez de Tânia Khallil – a Duda – fazer sua estreia nas passarelas, desfilando para a Paola Robba.

 (Com informações da Folha de S. Paulo)

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Passarela da novela

Criada em 2005, a Daspu desfilou em horário nobre sua coleção assinada por um coletivo de criação de Belo Horizonte. “A Daspu vem trazendo uma proposta inovadora, chamando a atenção das mulheres que ficam à margem, na sombra da calçada para as luzes da passarela, aumentando a sua auto-estima e, consequentemente, melhorando a sua saúde”, elucida Verônica Machado, uma das integrantes do coletivo. “Estar numa novela das oito é algo incrível”, diz Flávio Lenz, também do coletivo.

O desfile foi aberto pela fala de Gabriela Leite, a idealizadora da Ong Da Vida e da grife Daspu. “Essa Lapa, essa terra que a gente sempre trabalhou aqui, de histórias de malandragem, de prosttituição, calçadas que a gente tanto andou no passado hoje nos vê na passarela desfilando moda. A moda Daspu que é feita por nós prostitutas para todo mundo que tem bom gosto. Bem-vindos ao desfile da Daspu”.

Na plateia, Elke Maravilha, Carlinhos de Jesus, Betty Lago, Preta Gil, entre outros famosos. Além da atriz Suzana Vieira, que estrelou o filme Camisa de Vênus, ao lado de prostitutas reais, a convite do Ministério da Saúde com o objetivo de popularizar a utilização da camisinha. “Eu fico muito grilada com esse tipo de preconceito porque eu gosto muito de gente que vende o seu trabalho. Você vende o seu, ela vende o dela, eu vendo o meu. Eu não gosto de gente que vende a alma. E elas com certeza não vendem a alma”, disse Elke.

Acho muito bacana este tipo de merchandising social, porque contribui para a quebra de preconceitos na nossa sociedade. E vocês, o que acham? Notam também merchandising social em ficções de outros países?

Gabriela Leite, ao centro, fundadora da Daspu

Gabriela Leite, ao centro, fundadora da Daspu

O Rio de Janeiro é, sem dúvida alguma, uma cidade encantadora. Nasci no interior de São Paulo, atualmente moro na capital paulista, e tive a oportunidade de visitar o Rio três vezes.

Na Lapa fui uma única vez, no final de 2008, e como já sabia que a novela ia abordar a gafieira e – como disse um dos funcionários do hotel – a Gloria Perez tinha ido fazer laboratório no Lapa 40º, do Carlinhos de Jesus, fui conhecer a danceteria. Gostei muito do lugar, que é completamente diferente daquela casa de dança da novela. Outro público, outra energia.

Como fui no bairro à noite e apenas uma vez não consegui conhecê-lo, então, infelizmente não sei o que é a Lapa.

Por isso gostaria de saber o que a Lapa de Caminho das Índias tem da Lapa verdadeira. Alguém me ajuda?

Os Arcos da Lapa e a Catedral de São Sebastião fazem parte das panorâmicas exibidas em Caminho das Índias

Os Arcos da Lapa e a Catedral de São Sebastião fazem parte das panorâmicas exibidas em Caminho das Índias

Tudo novo de novo

Entusiasmado com a possibilidade “nascer” de novo, Raul Cadore (Alexandre Borges) jogou tudo para o alto e renasceu como Humberto Martins, um bon vivant em Dubai.

Para migrantes e imigrantes, trocar de cidade, estado ou país já é meio caminho andado para uma ruptura com o passado: com os laços de amizade, com a vizinhança, com a distância de muitos membros da família etc.

Mesmo assim, não chegamos a ser OUTRA pessoa. Muitas vezes temos vontade de morrer e nascer de novo para fazer tudo diferente. Ou ainda, de sumir e reaparecer em outro lugar deixando o passado totalmente para trás: outro nome, outra identidade, outra família, outra história. E foi exatamente isso que Raul fez.

O que te faria mudar de identidade? E qual seria o país escolhido para viver esta nova vida?

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ANUSHA – Por que as Hidjras podem abençoar?

LAKSMI – Não vê que eles não podem ter filhos? Não têm família, são muito sozinhos, não têm a quem dar amor. Então, eles têm muito amor acumulado dentro deles. É muito auspicioso ser abençoado por uma hijdra.

hijdraCastrados num templo por um sacerdote, os hijdras não são homens nem mulheres; são o terceiro sexo, uma espécie de eunucos muito respeitados pela sociedade indiana. Em “Caminho das Índias” aparecem em momentos festivos da trama, como no casamento de Raj e Maya, no qual eles, após darem a benção aos noivos, aconselharam Raj da seguinte maneira:

“Não assuste a noiva na primeira noite. Mas também não demore tempo demais para começar a assustá-la”. Finalizando com gargalhadas.

Ao encontrar com hijdras na rua é preciso dar-lhes dinheiro, caso contrário a pessoa pode ser amaldiçoada, já que da mesma forma que as bênçãos dos hijdras são poderosas, suas pragas também são.

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Gloria Perez diz em seu blog que os hijdras estão conseguindo conquistar espaço na sociedade indiana, ocupando cargos públicos e sendo contratados por financeiras para executar cobranças: costumam ir em dupla e os devedores, atemorizados com os escândalos que eles são capazes de promover, acabam pagando rapidamente o que devem. Quem não se lembra do que Duda fez quando esteve na Índia? Decidida, a moça contratou hijdras para ir até a loja de Opash.

Quanta diferença em relação ao tratamento dado aos nossos travestis, que não encontram lugar na sociedade dita “formal”, sendo obrigados a, inclusive, se prostituir para conseguir sobreviver.

Como vocês definem o tratamento dado ao “terceiro sexo” em nosso país ou ainda no países em que já estiveram?

A invenção pode ser francesa, mas a criatividade dos biquínis está definitivamente nas mãos dos brasileiros, que confeccionam as peças sob medida para a ousadia brasileira. Tanto é que as peças para exportação tem calcinhas com modelagem maior.

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Na praia com Camila (Isis Valverde), Ravi (Caio Blat) se assusta com a bela tira a roupa e fica apenas… de biquíni. “Nós não temos o costume de entrar na água nem de ficar torrando no sol que nem vocês. Quando você for à Índia você não vai poder andar assim. Você vai ser presa. Presa e eu não vou conseguir soltar você não”, diz ele para a sua futura esposa.

O que vocês acham do tamanho dos nossos biquínis? Quando estão fora do país vocês continuam usando o biquíni brasileiro ou já se adaptaram ao modelo europeu ou norte-americano?

Ao desembarcarem no Brasil, Raj (Rodrigo Lombardi) pergunta por que o irmão, Ravi (Caio Blat), está rindo. Este responde que é por causa de um homem que se veste como menino. Detalhe: o homem está de bermuda. “Um velho está vestido como menino”, comenta Ravi.

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Em outro momento, Ravi também ri da roupa de Leinha (Julia Almeida) e diz: “Vocês são bem engraçados! Na Índia ninguém anda assim, mostrando os ombros”. Leinha, lógico, cai na gargalhada. estilo_ravi_leinha1

Em contrapartida, quando Ravi chega para o jantar na casa da família de Camila (Isis Valverde) e entrega os presentes, Aída (Totia Meirelles) ao abrir o seu – um “sári de seda pura bordado com fios de ouro” – diz: “Que bonito corte”. Então, corte de tecido que na verdade é um sári. Ela ainda pergunta se é para fazer um sári e Ravi diz que ele já está pronto e apresenta um folheto explicativo das maneiras de se amarrar um sári. Ao ver o folheto, Aída diz que já passou da idade de usar barriga de fora. Então Ravi explica que, na Índia, as mulheres, das mais novas às mais velhas, andam com a barriga à mostra. “Que diferente…”, é a postura de Aída enquanto Leinha fala: “E ainda fica surpreso por a gente mostrar os ombros”.

É engraçado pensar nas partes do corpo que, caso expostas publicamente, geram percepções e reações diferentes. Na Índia, enquanto não é de bom tom deixar ombros e pernas à mostra, no Brasil a barriga só é mostrada quando sarada. O que é normal para alguns, é absurdo para outros. E vice-versa. E até o motivo das reações é diverso. No nosso caso, puramente estética. Are baba!

Assistam o vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM963173-7822-HARI+E+PROTEGIDO+POR+SHANKAR,00.html

Assistam o vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM963173-7822-HARI+E+PROTEGIDO+POR+SHANKAR,00.html

A sociedade indiana é dividida em quatro castas, todas elas oriundas de uma parte do Deus Brahma. Há ainda os dalits que, de acordo com a cultura indiana, não nasceram de Brahma.

Da casta dos comerciantes, Opash (Tony Ramos) define os dalits – também chamados de intocáveis – da seguinte forma:

“Os dalits são a poeira que existe embaixo dos pés de Brahma. Eles são impuros porque fazem o trabalho mais impuro: lavando banheiros, lidando com os mortos. Por isso não se pode tocar neles, não se pode nem tocar na sombra deles, não se pode pisar nas pegadas dele, senão essa pessoa fica impura também”.

Será que os dalits, de fato, só existem na cultura indiana?

Em uma pesquisa sobre garis, desenvolvida no Instituto de Psicologia da USP, Fernando Braga da Costa falou sobre a “invisibilidade pública”, condicionada à divisão social do trabalho. Ou seja, enxerga-se somente a função e não a pessoa. Ou pior, às vezes NÃO se enxerga a pessoa. Foi o que ele comprovou durante sua pesquisa etnográfica: “Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível. Ninguém cumprimenta um gari. Garis não existem para a sociedade”. Da experiência, além de um mestrado, Fernando tirou uma grande lição: “Essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma coisa”.

O brasileiro fora do país muitas vezes encara empregos que ele não teria no Brasil. Isso faz dele um invisível, um intocável? Como é esse tratamento no exterior?

Vejam o vídeo:

http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM963173-7822-HARI+E+PROTEGIDO+POR+SHANKAR,00.html

Chai

Bebida popular na Índia, o chai está sempre presente nas cenas de “Caminho das Índias”, inclusive servindo como chai2motivo de intriga na casa dos Ananda. Quem não se lembra da Surya (Cléo Pires) colocando sal no chai preparado por Maya (Juliana Paes)?

Passado muitas vezes de geração para a geração, o preparo da bebida faz parte da tradição familiar. Justamente por isso não há uma receita única. Mas posto aqui uma de suas inúmeras versões:

chaiIngredientes: 250 ml de água, 250 ml de leite, 1 pau de canela, 1 raiz de gengibre ralado, 2 sementes de cardamomo em pó, 3 cravos-da-Índia, 2 colheres de chá preto (ou dois saquinhos), açúcar a gosto.

Modo de preparo: Aqueça a água. Quando estiver quase fervendo, adicione a canela, o gengibre, os cravos-da-índia e o cardamomo e, então, deixe ferver. Junte o chá preto e deixe em fogo brando por, aproximadamente, 5 minutos com o recipiente fechado. Acrescente o leite e deixe aquecer sem atingir a fervura durante alguns minutos. No fim coe, coloque o açúcar a seu gosto e sirva ainda quente.

 

No nosso Brasil, qual seria a bebida mais tradicional? E em Portugal? Qual a bebida que faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros? E com qual a gente, às vezes, precisa se adaptar quando está fora de casa?